segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Organismos Transgénicos

1. O que são?

Os alimentos transgénicos resultam de organismos que, através de técnicas laboratoriais de
Engenharia Genética, possuem no seu genoma genes de outra espécie. Esses organismos passam a ter características de outro organismo no seu código genético. Os genes são transferidos de uma
espécie para outra espécie, de forma que, por exemplo, um organismo vegetal pode produzir uma proteína animal. As manipulações genéticas podem adicionar, reduzir, substituir, destruir, mudar ou desactivar os genes.
Todos os organismos vivos têm um código molecular que define as suas características. Esse código, a que se dá o nome de genoma, é constituído pelo conjunto de genes do organismo, isto é, pela quantidade de genes contidos nos seus cromossomas. O genoma faz com que os organismos tenham características diferentes entre si e permite que as espécies se possam diferenciar.
Os organismos geneticamente modificados (OGM’s) são aqueles em que o genoma foi alterado. Essa alteração pode ocorrer de forma natural, isto é, sem interferência do ser humano, ou de forma artificial, através de manipulações feitas em laboratório pela Engenharia Genética. A mutação natural é bem explícita na teoria darwiniana da Evolução das Espécies.
O cruzamento natural de certas espécies é impossível. Porém, em laboratório, é possível fazê-lo.
Por exemplo, as diferentes raças caninas existentes são ilustrativas das transformações genéticas que se desenvolvem quer natural quer artificialmente.
As diversas raças caninas foram surgindo mediante as características e mutações do seu habitat.
Porém, há raças caninas que foram produzidas em laboratório com o intuito de apurar as raças
existentes.


2. As problemáticas geradas em torno dos alimentos transgénicos

Muitas discussões se têm gerado em torno dos alimentos transgénicos. Apesar de existir pouca
informação sobre o assunto, quase ninguém fica indiferente aos problemas e soluções que estes
alimentos podem trazer à Humanidade. Os transgénicos têm suscitado muita polémica na opinião
pública. Os prós e os contras apresentam um número infindável de alegações sobre este tema.
Muitas são as vozes que se levantam a favor dos alimentos transgénicos, apresentando várias
vantagens para a sua utilização. Assim, estes são importantes pelo facto de:
-criarem uma grande variedade de plantas com maior teor de óleo e proteínas;
-produzirem alimentos mais nutritivos e baratos;
-solucionarem os problemas de pobreza no mundo;
-utilizarem bactérias com biopesticida no genoma de alguns alimentos, permitindo a redução do
custo de produção, visto que não há a utilização de pesticidas;
-criarem alimentos que amadurecem mais tarde.

Segundo os defensores dos alimentos transgénicos, todos estes factores podem levar a um
melhoramento da qualidade de vida.


3. Riscos e perigos dos transgénicos

O maior perigo dos alimentos transgénicos é não se saber ao certo quais são os efeitos para a saúde humana e para o meio ambiente a longo prazo.
A produção de alimentos livres de fertilizantes pode causar problemas a nível da biodiversidade. O que acontece ao equilíbrio ambiental, ao balanceamento dos nutrientes no solo e ao macro e micro ecossistema? O que acontece quando plantas transgénicas e naturais se misturam através da polinização? Ninguém o sabe! O implante de novos genes nas plantas leva a fenómenos imprevisíveis.
As principais consequências negativas dos transgénicos resultam de:
-se introduzir um gene que codifica uma proteína que causa reacção alérgica, e esta poder entrar
na composição de um alimento que, geralmente, não a possui. Este elemento é um factor de risco
para a população alérgica.
-poder haver défice da qualidade nutricional nos alimentos;
Além disso, o que acontecerá se as empresas não respeitarem a lei da bio-segurança e utilizarem, por exemplo, genes humanos em alimentos para consumo humano?
O efeito dos alimentos transgénicos na alimentação humana ainda não é conhecido. Pensa-se que
estes possam causar modificações no metabolismo. Em testes feitos a ratos, alimentados com batatas que possuíam genes de uma proteína que danifica as células do sistema imunológico (lectinas), foi demonstrado que estes sofreram alterações no organismo.

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